sábado, 9 de maio de 2015

NILZA

Hoje pela manha desencarnou uma querida amiga, esposa de meu irmao Ronaldo. Estava no hospital D. Helder, na cidade do Cabo de Santo Agostinho. Recordo, com imensa saudade, o almoço dos domingos em sua casa. Alma franciscana, catolica convicta e fiel, medium do bem. Sempre me senti amado por ela. Demonstrava no olhar quase sorrindo, que o afeto lhe caia suave da alma.

Nilza, como nao recordar hoje seu carinho no momento em que eu  atravessava um momento delicado da minha vida? Como nao voltar no tempo e sentir-lhe  a suavidade dos gestos e a acolhida que me dava em qualquer instante que nos encontravamos?

Uma saudade diferente me invade o coraçao nesse instante. E uma doce esperança solta no ar, como um perfume transcendente, um aroma de amanha, um cheiro de terra molhada, que nos leva a uma zona do universo capaz de cintilar sentimentos inefaveis. E' assim que a sinto. E' assim que percebo seu estado diafano neste dia.

Ela concluiu sua tarefa na Terra. Gostava de ajudar, e ajudava muito. Gostava de amar e amava muito. Seus filhos, meus sobrinhos, cresceram numa atmosfera de equilibrio e religiosidade. Nilza lhes deu o melhor. Fico pensando na saudade que eles estao sentindo, sobretudo porque amanha, dia do sepultamento, sera' o dia das maes. E sua mae devera' estar abençoando-os da dimensao espiritual.

Receba, minha querida Nilza, minha cunhada acolhedora, meus pensamentos de amigo, meus pensamentos de saudade. Obrigado por tudo.Deus lhe recompense com muita paz na alma.

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