sexta-feira, 19 de junho de 2015

CARTAS CONSOLADORAS

As chamadas cartas consoladoras, atividade que alguns médiuns realizam no Brasil, representam, ao meu ver, expressão das mais belas dentro da feição consoladora do espiritismo. Óbvio que implica esse gênero de atividade imensa responsabilidade para o medianeiro no que diz respeito à preservação da credibilidade da doutrina, exigindo do médium conhecimento, despreendimento, humildade e elevação de valores para que sua assistência espiritual seja a mais elevada e segura possível.

Chico Xavier foi o maior representante do valor belo dessas cartas. Interessante que elas não representam apenas comprovação da imortalidade do ente querido de quem a recebe mas, tambem, encontramos diversas oportunidades de estudo edificante em pequenos detalhes que são trazidos pelos espíritos comunicantes sobre a vida após a morte e elementos que compõem essa realidade. E nem estou me referindo, ainda, aos ensinamentos sobre a vida que os missivistas do além trazem dentro das possibilidades de cada um.

Nem todos os médiuns psicógrafos se prestam ao trabalho desse porte. Recorrendo a Allan Kardec em o Livro dos médiuns, verificamos que existem sub-especialidades dentro da psicografia. Há os médiuns que se prestam às comunicações por versos, outros para dissertações literárias de rara beleza, outros mais para textos de cunho científico, enfim, há especificidades que se apresentam como característica dos recursos psicográficas deste ou daquele médium. Nem todos, por exemplo, conseguem escrever romances, já alguns se tornam fáceis instrumentos para narrativas históricas autênticas.

No caso das chamadas cartas consoladoras, médiuns necessitam apresentar uma certa maleabilidade fluídica que lhes permita serem impressionados por espíritos das mais diversas condições. Essa certa elasticidade fluídica, diríamos assim, seria uma peculiaridade de certas organizações mediúnicas. Algo semelhante ocorre com médiuns que se prestam, por exemplo, às chamadas evocações. Inúmeros elementos interferem para que ocorra essas especificações. Recomendamos aos que se interessam pelo tema ler o Livro dos Médiuns.

Gosto das investigações psíquicas. Sinto falta dessa linha de trabalho em nosso querido movimento. Há muito o que aprender sobre a questão. O Brasil sempre foi um celeiro de sensitivos e pesquisadores do mundo inteiro gostariam de dispor em seus países de origem, do manancial que dispomos por aqui. Fascinante e importante poder lançar a sonda da observação sobre o país da alma e ler o infinito que se manifesta no nosso psiquismo: xenoglossia ( falar línguas que o médium não conhece na presente encarnação), psicometria ( leitura do campo magnético onde encontra-se esculpidas as ações , pensamentos e emoções de todos os seres ao longo do tempo, os chamados registros akáshicos), a psicografia consoladora, a clarividência autêntica, enfim, os portentos das potências da alma.

Participarei, hoje, de uma observação sobre os trabalhos de um médium que realiza atividade das cartas consoladoras., à convite de um amigo. Tratarei desse trabalho, de como ele foi convincente ou não, provavelmente em nosso blog amanhã. Pelas informações recebidas, parece interessantíssimo e muito sério como essas cartas são recebidas. E que mais tarefeiros dessa área apareçam, ampliando as informações e as certezas sobre a vida que não perece. Médiuns sérios , verdadeiros, dedicados e amorosos, parceiros dos bons espíritos no atendimento a esta humanidade sofrida.

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