terça-feira, 1 de setembro de 2015

POR QUEM CHORAM AS ALMAS

Anteriormente pensávamos por quem choram os homens, parecendo título de filme. Hoje, sob a ótica espírita, podemos indagar: por quem as almas lamentam. Essa colocação é uma tentativa de mudar o foco, a visão, descondicionando a mente da realidade puramente material.  Enquanto os homens choram e lamentam o desenlace do ente querido, sentindo, naturalmente, saudade do convívio amoroso, os espíritos , do alto de uma experiência mais ampla, lamentam o equívoco dos que ficam no mundo, vivendo como se eles, os afetos imotais, não mais existissem.

Os desencarnados também sentem saudades e há, até, os que não se conformam de não estar mais no mundo terreno. Isto acontece, sobretudo, com os ainda pouco evolvidos ou os que, mesmo com algum mérito, fora pego de "surpresa" pelo desencarne, fosse pelo gênero da morte, fosse pela juventude do corpo. Não é fácil para as almas comuns de descondicionar da vida e das impressões da realidade material.

Mas, tratando de espíritos mais libertos das impressões materiais,sem dúvida, ao se verem numa existência mais poderosa, cheia de mais vida, com horizontes infinitos à frente, lamentam a estreiteza da percepção dos entes que permaneceram na carne. E tentam, muitas vezes, através do sono físico, da intuição ou do contato através de médiuns, solicitar uma mudança de postura dos familiares e amigos. Causa, inclusive, em alguns esses espíritos, tristeza e desconforto o desespero apresentado pelos corações amados, como se eles não mais pertencessem à vida.

O espiritismo contribui, quando bem estudado e compreendido, para a superação desse estado de coisas, oferecendo profundo e concreto conforto, tantos aos que ficam no mundo quanto aos que aportam na dimensão espiritual, daí a importância do acesso aos seus postulados nos caminhos do mundo. Quanto aos que já fazem parte das fileiras da filosofia espiritista, devemos envidar mais amplo esforço no sentido de , com serenidade e calma, demonstrar a convicção que nos bafeja a alma, estimulando em quem nos observa a segurança íntima, o desejo de conhecer o tesouro que nos apaziguou o coração.

Mais  que nunca se faz necessário o nosso outro olhar sobre a vida e sobre a imortalidade do ser.

Um comentário :

  1. Amigo Fred, o bom de tudo isso é sabermos que somos espíritos eternos, e que estamos sempre em conexão, com nosso ente querido através do pensamento, mantendo sempre o equilíbrio, e a afinidade. Muita luz querido amigo!!!!! Deus conosco!!!!!

    O que temer? Nada.
    A quem temer? Ninguém.
    Por que? Porque aqueles que se unem a Deus obtém três grandes privilégios: onipotência sem poder; embriaguez, sem vinho e vida sem morte.

    São Francisco de Assis

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