sexta-feira, 25 de setembro de 2015

UM GRANDE EXEMPLO

Fazia uma palestra no NACCA, nosso trabalho em Goiana, para as famílias daquela localidade sobre o perdão. Em determinado momento, uma das senhoras pediu a palavra e narrou um fato de seu conhecimento que considero de uma beleza ímpar sobre o tema. Narrarei naturalmente com as minhas lembranças do que me foi contado:

Segundo a amiga, um conhecido dela, residente em Mamaguape 2, nas proximidades de Olinda, passou cerca de tres anos procurando um ex- amigo que teria assassinado sua mãe. Com o coração revoltado e ansiando por vingança, ele não sossegava na procura desenfreada por aquele que havia sido seu amigo e, face a um desentendimento com sua genitora, tirou-lhe a existência física. Explodia de ódio. Pensava, apenas, em encontrá-lo e tambem tirar-lhe a vida.

Nesse ínterim de procura, converteu-se ao evangelho. Não sei como isto ocorreu pois a irmã que nos contava a história, não colocou a situação. Bem, posso concluir que o fato de não encontrar o assassino da mãe, e sob a ação do Mundo Maior, seu coração foi arrefecendo. Sabemos que os espíritos amigos trabalham durante o sono físico para mudar nossas disposições infelizes. Isto pode ter ocorrido com este rapaz.

O certo é que o que desejava a vingança tornou-se evangélico. E visitando algumas igrejas eis que, em uma delas, sofre um grande impacto: lá estava, tambem convertido ao evangelho, o assassino de sua mãe, seu ex- amigo. Ficou confuso sobre como agir. partiria para a desforra? o mataria ali mesmo, dentro da igreja? mas a extraordinária figura de Jesus foi mais forte. Refletindo que agora era um convertido, sendo aquele homem  um igual na conversão, deveria dar o testemunho do perdão , sublime virtude que aprendera ao estudar os evangelhos. Em síntese, os dois se viram frente à frente, sentiram as emoções desencontradas do momento. Entre lágrimas, o que havia tirado a vida física de sua mãe pediu-lhe perdão, sinceramente arrependido do que fizera. Doía-lhe ainda, na consciência, o mal que fizera. Nunca havia cometido tal desatino. Encontra Jesus, segundo ele, e agora, acreditava que o Senhor lhe dava a oportunidade de ressarcir o mal. E estava disposto a receber qualquer atitude de vingança do outro.

O perdão foi concedido. Abraçaram-se em plena igreja. Não apenas o perdão havia sido concedido bem como, após a reconciliação, saíram juntos a pregar a mensagem da Boa Nova juntos. Sei que muita gente, ao saber dessa história, poderá ter dificuldade de entender o gesto de ambos. Quantos que se dizem cristãos , na atualidade, não só conseguiria perdoar quem matou a sua mãe, como sairia a pregar o Evangelho ao lado do antigo algoz da genitora?

A força da mensagem é fantástica. Não estamos falando de anjos ou personalidades de destaque das religiões na Terra. A história é de pessoas simples, como nós. E sem dúvida, de pessoas que se deixaram tomar pela Boa Nova. Sabemos o quanto estas almas, estes dois, podem dar um salto em seu processo de evolução, com a disposição que mostraram quanto ao desafio do perdão e da humildade em uma situação tão grave e delicada. E se eles conseguiram, por que nós não podemos conseguir? Os grande exemplos do passado, da época do cristianismo nascente, se repetem nos dias atuais. Viver a grande mensagem é possível. Pessoas simples demonstram isso. É o nosso desafio de cada dia. E podemos nos tornar vencedores do embate, com a perseverança necessária.

3 comentários :

  1. Muito emocionante este fato ocorrido sobre a prática do perdao. É realmente um grande exemplo para nós.


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  2. Amigo Fred,
    é como Jesus nos fala no evangelho, que perdoemos não sete x mais setenta x sete ambos se perdoaram, é assim que Deus age na vida dos seus filhos. Fred, que esta semana seja de paz luz benção!!!! Abraço fraterno!!! Deus conosco!!!!!

    Para Refletirmos

    Soletrai, antes de tudo, o alfabeto da Bondade (...). Sem as primeiras letras do Amor, nunca entenderemos o sagrado poema da vida.

    Dr. Bezerra de Menezes

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